Esta semana será uma das mais intensas da época de resultados do 1.º trimestre. Cerca de 180 empresas do índice S&P 500, representando quase 40% da capitalização bolsista do benchmark, apresentam as suas contas trimestrais.
A época de resultados nos Estados Unidos tem sido bastante positiva até agora. Cerca de um terço dos membros do índice S&P 500 já divulgaram as suas contas e a taxa de crescimento dos lucros do primeiro trimestre foi 10,1% acima dos 8,0% previstos no início de Abril.
Os analistas esperam um crescimento dos lucros de 7,2% no primeiro trimestre quando comparado com o ano anterior, marcando o sétimo trimestre consecutivo de crescimento do lucro por acção.
No entanto, os investidores provavelmente estarão mais focados nas projecções futuras do que nos resultados em si, tendo em conta que o "Dia da Libertação" ocorreu após o final do trimestre no 2 de Abril. Alías, os analistas até esperam um crescimento dos lucros no 3.º e 4.º trimestre de 10% e 9%, respectivamente.
Resta saber se os analistas irão rever em baixa as expectativas para os resultados empresariais nas próximas semanas, para ter em conta o impacto das tarifas nas empresas norte-americanas. Contudo, já se espera uma revisão em baixa das estimativas para o ano de 2025 em mais de 2%.
O destaque principal desta semana será nas tecnológicas Meta Platforms e Microsoft que apresentam resultados na Quarta-feira e na Apple e Amazon que divulgam as suas contas na Quinta-feira. Estas quatro empresas pertencem às chamadas "Sete Magníficas" que têm registado ganhos extraordinários nos últimos dois anos mas espera-se agora uma desaceleração das receitas.
A Meta Platforms pode ser mais afectada pela retracção da publicidade no retalho do que a rival Alphabet, já que esta última está mais exposta aos gastos com publicidade digital em todos os sectores. A Meta Platforms também enfrentará questões sobre os seus planos de monetizar o modelo de inteligência artificial Llama 4.
As vendas da Amazon provavelmente cresceram ao menor ritmo em quase três anos, com as tarifas de importações chinesas pesando sobre o lucro. O seu segmento de margens elevadas, a Amazon Web Services poderá sustentar as receitas da empresa.
Fontes: Bloomberg, BofA, Earnings Whisper, FactSet, Goldman Sachs, JP Morgan