
O Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC – Federal Open Market Comittee) votou no dia 30 de Julho para manter as taxas de juro directoras estáveis no intervalo de 4,25%-4,50% pela quinta vez consecutiva, com 9 votos a favor e 2 contra, apesar da insistência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em reduzir a taxa de juro. A oposição proveu dos Governadores Michelle Bowman e Christopher Waller, que têm defendido que a Fed comece a cortar as taxas de juro (easing), com base no facto de que a inflação se encontra controlada e que o emprego poderá recuperar em breve.
Nesse sentido a declaração da Fed (Federal Reserve) depois da reunião refere que o desemprego se mantém baixo e que as condições do mercado laboral se mantêm sólidas. A declaração refere igualmente que a inflação está ligeiramente elevada e que, apesar da volatilidade nas exportações líquidas, que continuará a afetar os dados, o crescimento da actividade económica manteve-se moderado na primeira metade do ano. Esta visão tem um tom menos optimista que a declaração de Junho, em que o Comité defendia que a economia continuava a expandir a uma velocidade estável.
Relativamente a Setembro, o presidente da Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que o Comité ainda não tinha tomado qualquer decisão acerca das taxas de juro directoras, e que o objetivo da Fed é manter as expectativas para a inflação a longo prazo ancoradas e prevenir que um aumento no nível dos preços se torne um problema contínuo. Com esse objectivo em mente, a Fed quer observar o impacto das tarifas na inflação.
O mercado, que até ao Liberation Day (2 de Abril de 2025) esperava entre 4 a 5 cortes na taxa de juro até ao fim deste ano, actualmente espera entre 1 a 2 cortes de 25 bps cada, com uma redução da taxa para os 4%, versus os actuais 4,50%:
Perspectivas das Taxas de Juro Directoras da Fed
Fonte: Bloomberg. Dados a 31 de Julho de 2025.