No início deste ano, tudo apontava paras as acções norte-americanas serem as estrelas globais, impulsionadas pelo optimismo em torno das gigantes da Inteligência Artificial e pelas esperanças de cortes de impostos empresariais sob o segundo mandato do presidente Trump, bem como pela ameaça de tarifas sobre outros mercados.
Os investidores previam que o dólar e o índice S&P 500 brilhassem em 2025 mas a realidade foi um pouco diferente, já que a turbulência e o recuo no anúncio de tarifas em Abril minaram brevemente a confiança na política americana.
O índice de referência norte-americano teve um bom ano mas não superou os seus pares de forma convincente, nem mesmo no sector tecnológico. Em 2025 os sectores em destaque foram o da tecnologia espanhola e o das matérias-primas mexicano.
O sector tecnológico espanhol tem apenas uma empresa, a Indra Sistemas, que valorizou mais de 170% este ano.
O sector de matérias-primas mexicano inclui a mineradora de prata Fresnillo, bem como a sua controladora, a Industrias Peñoles que ganhou 268% na bolsa mexicana. As acções da Fresnillo também valorizaram mais de 400% em 2025 devido à forte valorização da prata.
O gráfico abaixo mostra o desempenho desde o início do ano das acções de uma selecção dos principais mercados e índices, com cada emissor ponderado por seu valor médio de mercado em dólares.
Ironicamente, os Estados Unidos registaram um desempenho inferior ao do Brasil, China, Canadá e México. Cada um desses países, em algum momento, foi alvo das políticas comerciais do presidente Donald Trump.
Fonte: Bloomberg
