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O Eurostat publicou hoje, os dados provisórias sobre a evolução dos preços na Zona Euro, relativos ao mês de Janeiro. Em Setembro, a taxa de inflação abrandou para um mínimo de um ano, fixando-se nos 1,7% mas voltou a subir nos meses seguintes.
Em Janeiro, a taxa de inflação na Zona Euro acelerou novamente, em termos homólogos, para 2,5% face aos 2,4% registados em Dezembro, acima dos 2,4% previstos pelos economistas.
A taxa de inflação subjacente, que exclui os produtos mais voláteis como energia, alimentação, álcool e tabaco, manteve-se estável nos 2,7% em Janeiro pelo quarto mês consecutivo, também superando os 2,6% estimados pelos economistas.
Os serviços foram a componente do índice de preços no consumidor que registou a maior variação homóloga de 3,9% em Janeiro, o que compara com 4,0% no mês anterior.
Estes dados confirmam o que o Banco Central Europeu já antecipava nas suas projecções económicas. Em Janeiro, mais de metade dos países da Zona Euro registaram uma taxa de inflação acima de 2%. Entre os 20 países da moeda única, as variações homólogas mais elevadas foram registadas na Croácia (5%), Bélgica (4,4%) e Eslováquia (4,1%). Em sentido oposto, as taxas de inflação mais baixas foram observadas na Irlanda (1,5%), Finlândia (1,6%) e Itália (1,7%).
O Banco Central Europeu já cortou as taxas de juro directoras cinco vezes desde Junho e o mercado espera descidas de mais 100 pontos base este ano. Contudo, o Presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou ontem o seu aviso de que a União Europeia e o Reino Unido poderiam ser alvo de tarifas comerciais, dias depois de ter anunciado tarifas contra o Canadá, o México e a China.
Estas possíveis tarifas poderão ameaçar a estabilidade da inflação e fazer mudar o rumo da política monetária europeia.
Fonte: Bloomberg