
O índice S&P 500 atingiu mais um recorde histórico, após a Nvidia ter anunciado que planeia investir 100 mil milhões de dólares na OpenAI. Este entusiasmo dos investidores pela Inteligência Artificial conseguiu impulsionar o mercado de acções para níveis da era dot.com, segundo um indicador clássico denominado CAPE (Cyclically Adjusted Price-to-Earnings).
Esta métrica do economista Robert Shiller divide o índice S&P 500 pela média dos seus lucros ajustados à inflação nos últimos 10 anos e atingiu os 40 pela primeira vez desde 2000. Em Novembro de 1999 este indicador tocou no seu recorde histórico de 44,2, apenas quatro meses antes do índice S&P 500 alcançar o seu pico em Março de 2000.
Os mercados movem-se em ciclos e a percepção de risco varia com eles. A história está repleta de bolhas, tais como a do Japão no final dos anos 80, a era das dot.com, o boom imobiliário em meados dos anos 2000.
Outros sinais que fazem renascer a ideia de "exuberância irracional" de Alan Greenspan, de 1996 são:
➡️ Tecnológicas registam oscilações semelhantes às das acções meme;
➡️ 4% das acções representam metade do valor do S&P 500;
➡️ Sector tecnológico do S&P 500 negoceia a 29,8x as estimativas de lucros futuros a 12 meses, 34% acima da sua média a 10 anos.
Contudo, as expectativas dos analistas para os lucros das empresas do S&P 500 são cada vez mais elevadas até 2026.
Em suma, o tempo continua a ser uma das ferramentas de investimento mais poderosas.
A lição mais importante da história do mercado é que o tempo tende a recompensar investidores pacientes, mesmo aqueles que investem em períodos de elevadas avaliações.
Fonte: Phil Rosen