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Bolsas EUA sofrem pior dia do ano ontem e agora?

Written by Elizabeth Fonseca | 11 de Março de 2025 16:03:22 Z

Ontem, as bolsas norte-americanas sofreram fortes perdas com as políticas de Trump a manterem os mercados financeiros num estado de grande volatilidade. A deterioração do sentimento dos investidores e as crescentes incertezas fizeram o mercado de acções tropeçar após um Janeiro forte. Por conseguinte, os índices S&P 500 e o Nasdaq já eliminando todos os ganhos pós-eleitorais e até já apresentam uma rendibilidade negativa desde o início de 2025.

Embora as tarifas tenham atraído mais atenção recentemente, os investidores também estão preocupados com sinais macroeconómicos mistos, incluindo uma fraca confiança do consumidor, aumentos nas expectativas de inflação, despedimentos de funcionários do governo e muito mais.

O receio de uma recessão nos Estados Unidos também voltou a surgir na lista das preocupações e até o presidente Trump não descartou essa possibilidade.

Apesar da retracção actual, o índice S&P 500 ganhou quase 60% desde o mínimo atingido no final de 2022 enquanto o índice Nasdaq subiu 80%.

A ironia é que os mercados já esqueceram as razões para o seu optimismo pós-eleição: a possibilidade de políticas pró-crescimento em torno do sector manufactureiro, energia, cortes de impostos e desregulamentação.

Embora o passado não seja garantia do futuro, as quedas do mercado e as recuperações acentuadas subsequentes em 2020 e 2022 são exemplos recentes de situações em que os mercados podem mudar rapidamente de tom. Da mesma forma, os recuos de mercado de curto prazo são um processo natural do investimento. Como revelo o gráfico abaixo, o índice S&P 500 sofre recuos regularmente, mesmo tendo subido no longo prazo.

Em suma, a ideia de uma recessão é desagradável mas é importante lembrar que períodos de crescimento económico mais lento são uma parte natural do ciclo de negócios. As previsões nem sempre estão correctas e, mesmo quando estão, os mercados nem sempre se comportam da forma esperada.

 

Fontes: Clearnomics, Goldman Sachs, SoFi, YCharts