O dinheiro é como a água, segue sempre o caminho de menor resistência. Os riscos de austeridade fiscal e recessão nos Estados Unidos estão a provocar uma saída elevada de capital das bolsas norte-americanas para as europeias, onde se planeia uma expansão fiscal massiva.
Os ETFs são uma excelente indicação, em tempo real dos fluxos de capital, nos mercados de acções. O gráfico abaixo revela os fluxos trimestrais líquidos para os maiores ETFs europeus e norte-americanos. As saídas de capital das acções dos EUA para as europeias começou no início deste ano mas o ritmo aumentou consideravelmente nas últimas semanas.
Nos últimos cinco anos, um valor próximo de 18 biliões de dólares de capital estrangeiro entrou para as acções norte-americanas, com o investimento internacional em acções norte-americanas superando largamente as compras de acções estrangeiras pelos investidores norte-americanos.
Contudo, o índice S&P 500 segue há 15 sessões sem dois dias de ganhos consecutivos, com a incerteza das tarifas de Trump a afastar os "buy-the-dip" investidores. No ano passado desde finais de Julho, o índice S&P 500 registou a série mais longa desde a Crise Financeira Global sem uma desvalorização superior a 2%, segundo os dados da Bloomberg Intelligence. Desde meados de Fevereiro, o índice S&P já desvalorizou quase 10%.
Fonte: Bloomberg, Macrobond
