
As acções globais atingiram hoje um máximo histórico, pela primeira vez desde Fevereiro, com os investidores confiantes em relação à economia norte-americana, afastando as incertezas em torno das negociações comerciais. O Índice MSCI All-Country World, que é composto por acções de 23 países desenvolvidos e 24 países emergentes, conseguiu superar o anterior máximo recorde de 887,72 pontos, atingido em Fevereiro. Os índices S&P 500 e Stoxx Europe 600 estão ambos apenas 2% abaixo dos recordes alcançados no início deste ano.
As acções recuperaram dos mínimas de Abril, com o Presidente norte-americano Donald Trump adoptando um tom mais brando em relação às tarifas. As esperanças de uma trégua comercial entre EUA e China também impulsionaram o sentimento enquanto dados económicos recentes mostraram que o mercado do emprego nos Estados Unidos continua robusto. O foco estará agora no relatório de emprego dos EUA relativos ao mês de Maio na Sexta-feira para confirmar que o crescimento económico permanece resiliente.
Hoje o índice DAX também atingiu um novo máximo recorde, após o Governo alemão ter aprovado um pacote de incentivos fiscais para empresas, no valor estimado de 46 mil milhões de euros até 2029, numa tentativa do Governo liderado por Friederich Merz fazer frente à estagnação da maior economia europeia.
A partir de 1 de Julho, as empresas poderão deduzir 30% do custo de novas máquinas e outros equipamentos anualmente, entre 2025 e 2027. A partir de 2028, o imposto federal sobre as empresas, que é de 15%, desce um por cento ao ano até chegar a 10%.
O benchmark alemão valorizou 22% desde o início do ano, numa altura em que se espera que o Banco Central Europeu avance com o seu oitavo corte nas taxas diretoras já esta Quinta-feira para apoiar a economia da Zona Euro. As acções da Rheinmetall lideram os ganhos disparando 197,84% em 2025.
Para além disso, a bolsa alemã superou uma capitalização bolsista de 3 biliões de dólares pela primeira vez. Se Alemanha fosse uma empresa, seria a quarta maior do mundo, atrás apenas de Nvidia, Microsoft e Apple.
Fonte: Bloomberg