
As bolsas assistiram a algumas tempestades no início de 2025 mas o meltup do Verão ajudou a somar mais de 15 biliões de dólares ao valor de mercado das acções mundiais.
O índice S&P 500 registou o seu segundo melhor mês de Setembro em 27 anos, contrariando a sua fama de ser o pior mês do ano.
As acções da Alphabet dispararam quase 40% no terceiro trimestre enquanto a Nvidia consegui ser a primeira empresa com uma capitalização bolsista acima de 4,5 biliões de dólares.
O ouro também disparou 48% desde o início do ano e mais de 10% em Setembro, atingindo mais um máximo recorde hoje. Este metal precioso caminha para o maior ganho anual desde 1979. A prata também valorizou mais de 60% este ano e está apenas a 5% do máximo histórico.
Hoje inicia o último trimestre do ano que é, em termos históricos o melhor, superando os restantes trimestres. Segundo o MapSignals, os maiores aumentos anuais do mercado, desde 1990, ocorreram nos últimos três meses.
Os retornos médios do índice S&P 500 em Outubro são sólidos (+1,44% em média), Dezembro é de 1,28% e Novembro é o mês do mercado com os maiores ganhos médios (+2,45%).Dividindo as rendibilidades por trimestres, os totais de 35 anos são surpreendentemente unilaterais, com o último trimestre superando os outros três todos juntos, com a excepção do índice Nasdaq.
Em relação à época do Outono (21 de Setembro a 21 de Dezembro), a única grande queda registada no índice S&P 500 foi em 2018, quando o novo presidente da Reserva Federal, Jerome Powell entrou em conflito com o presidente Trump no Twitter sobre os aumentos das taxas de juros de Powell no Outono de 2018.
Se incluirmos 2018, 14 de 16 dos Outonos subiram 4,5% em média. Recuando ainda mais no tempo, o quarto trimestre apresentou um aumentou em 80% das vezes num média acima dos 4%.

Porque é que os mercados são tão consistentemente fortes no quarto trimestre?
Os mercados tendem a ser fortes no quarto trimestre devido a vários factores históricos, económicos e psicológicos, embora a consistência não seja garantida.
Estes são os factores mais relevantes:
➡️ Sazonalidade e Efeito de Fim de Ano: Historicamente, os mercados de acções, especialmente nos Estados Unidos, mostram um padrão sazonal conhecido como "rally de fim de ano" justificado pelo optimismo dos investidores, reposicionamento de carteiras e entradas de capital no final do ano.
➡️ Lucros Empresariais Fortes: O quarto trimestre coincide com a época de compras de fim de ano (por exemplo, Black Friday, Natal), que impulsiona as vendas no retalho e os lucros empresariais, especialmente em sectores como tecnologia e bens de consumo. Empresas frequentemente apresentam fortes resultados no 4.º trimestre, elevando os preços das acções.
➡️ Fluxos Institucionais: Gestores de fundos reequilibram as suas carteiras no final do ano, muitas vezes comprando acções de melhor desempenho para melhorar os retornos anuais, um fenómeno chamado window dressing. Além disso, os prémio de fim de ano e as entradas de capital para o novo ano fiscal aumentam a liquidez do mercado.
➡️ Factores Psicológicos: O optimismo sazonal, incluindo as expectativas de um novo ano, impulsionam o sentimento do mercado. Os investidores sentem-se mais confiantes em assumir riscos, contribuindo para o momentum de alta.
Embora o 4.º trimestre normalmente mostre resiliência, não é imune a volatilidade. Eventos como crises geopolíticas, mudanças de política monetária ou choques económicos (por exemplo, a crise financeira de 2008) podem interromper esse padrão.
Fonte: MapSignals, Yahoo Finance