
Os conservadores sob a liderança de Merz ganharam as eleições nacionais em Fevereiro com 28,5% dos votos. Contudo, Friedrich Merz falhou a primeira votação parlamentar, que o confirmaria como Chanceler da Alemanha. O líder da União Democrata-Cristã, que tinha vencido as eleições legislativas de 23 de Fevereiro, não conseguiu maioria entre os partidos com representação no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento. Esta foi a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial que um novo Chanceler não conseguiu apoio parlamentar na primeira votação.
Merz obteve 310 votos a favor e 307 contra, precisando de 316 para ser eleito. Houve três abstenções, um voto não válido, e nove deputados não votaram. A coligação entre a CDU e os sociais-democratas de Centro Esquerda teria 12 votos a mais do que seria necessário para eleger Merz.
Agora, o Bundestag tem 14 dias para eleger Merz ou outro candidato a Chanceler com uma maioria absoluta. Dentro destas duas semanas, Merz poderá candidatar-se em qualquer altura em que ache que tem mais condições para ser bem sucedido. Se neste período nenhum candidato for eleito (pode haver várias votações e até, em teoria, vários candidatos), é suficiente uma maioria simples. A Constituição diz que esta acção deve ocorrer “sem demora”.
Se não houver vencedor durante essas duas semanas, uma terceira fase ocorrerá imediatamente. Aqui, há duas opções: o candidato com mais votos poderia liderar um governo minoritário ou Steinmeier poderia dissolver o parlamento e convocar uma nova eleição.
O índice DAX tem sido o melhor índice na Zona Euro no último mês e um dos maiores vencedores este ano.
Contudo, o índice alemão está a negociar com um rácio forward P/E a 12 meses de 15,5, o nível mais elevado em quatro anos. Este valor já foi mais alto durante a recuperação da pandemia Covid de 2020 mas está acima da média de 10 anos, de cerca de 13.
Fonte: Bloomberg