Síntese Trimestral - Invest Ibéria

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O primeiro trimestre de 2025 ficou marcado por uma performance positiva do Fundo Invest Ibéria (+4,4%). Nos últimos 12 meses, a rendibilidade do Fundo ascende a +10,2%:

Picture1-Apr-03-2025-03-38-22-5195-PMEste valor compara com um retorno médio de +14,0% para os mercados ibéricos nos últimos 12 meses. Dos nomes em carteira que apresentaram melhor desempenho ao longo dos últimos 12 meses, o destaque recai sobre empresas dos sectores financeiro e de utilities, em particular, a Iberdrola, o Bankinter, o CaixaBank e a REN, que apresentaram as 4 maiores contribuições positivas para o Fundo no decorrer do ultimo ano (+250 bp, +233 bp, +152 bp e +139 bp, respectivamente).

Relativamente ao processo de investimento, o Fundo assume uma visão de longo prazo, assente numa rotação baixa da carteira, que deverá contar com níveis de concentração substanciais. Assim, o Fundo procura investir em empresas do universo ibérico que possuam:


  • Elevadas rendibilidades sobre os capitais investidos (ROIC), obtidas de forma recorrente

  • Vantagens competitivas difíceis de replicar

  • Alocação de capital eficiente

  • Possibilidade de crescimento acima da média do sector em que se inserem

  • Equipas de gestão com track-record positivo

  • Valorizações atractivas

Estes princípios, que regem o processo de investimento do Fundo, traduzem-se numa carteira com 20 constituintes e que apresenta as seguintes métricas por comparação com o PSI e o IBEX 35:

Picture2-Apr-03-2025-03-46-47-8120-PMNo trimestre que agora termina, o nível de rotação da carteira foi relativamente baixo. Entre as principais alterações, importa destacar que reduzimos a exposição ao sector financeiro, com a venda das posições detidas pelo Fundo no CaixaBank e Santanter. Em sentido contrário, aumentou-se a exposição a empresas como a EDP, EDP Renováveis, PUIG Brands ou Vidrala.

De forma a cobrir a exposição que o Fundo ainda mantém ao sector financeiro, foram compradas opções de venda (puts) para Dezembro de 2027 sobre o índice EURO STOXX Banks, com um nocional correspondente a cerca de 2,7% do Fundo. Esta decisão surge alinhada com a nossa visão de que, com o prolongamento do ciclo de descida de taxas na Europa, diversos bancos da periferia poderão ser negativamente impactados por via de uma redução na margem financeira. Para além do referido, importa ainda sublinhar que avaliações não se encontram em níveis particularmente atractivos.

Principais Destaques na Carteira do Fundo

Picture3-Apr-03-2025-03-56-13-7383-PMNo ano passado, o desempenho operacional da REN revelou-se mais fraco, num contexto de aumento dos custos financeiros e menor contributo da actividade internacional (-5,3M€ no EBITDA face a 2023). Ainda assim, o lucro líquido cresceu 2,2% em 2024, impulsionado por impactos fiscais positivos e ganhos relacionados com a CESE. A nível do balanço da empresa verificou-se uma redução da dívida líquida, apesar de o custo médio da dívida ter aumentado (2,7% em 2024 vs. 2,5% em 2023), o que coloca em evidência alguma disciplina financeira.

Para os accionistas da REN o arranque do ano foi positivo. Por um lado, no que diz respeito à política de dividendos, o Conselho de Administração da empresa deverá propor na Assembleia Geral de 15 de Abril um pagamento de 0,157€ por acção, o que constitui um aumento de 2% face ao ano transacto, antecipando a implementação da estratégia de crescimento da remuneração dos accionistas. Não menos relevante, no primeiro trimestre de 2025 as acções da REN apresentaram uma valorização de +20,4%, o que compara favoravelmente com outras empresas do sector (STOXX Europe 600 Utilities, +10,5%),  reflectindo a confiança dos investidores na estabilidade da empresa e maior atractividade da política de dividendos.

Decorrente da nossa análise, apesar de alguns desafios operacionais, a REN mantém um perfil financeiro estável e uma dividend yield interessante (5,7%). Como tal, reiteramos a nossa visão positiva para a empresa e, de momento, apesar da subida considerável observada na cotação das acções da REN, o Fundo mantem exposição à empresa.

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A Amadeus, líder global na distribuição e soluções de IT para a indústria do turismo, registou um crescimento sólido em 2024. As receitas do grupo aumentaram 12,9%, atingindo 6,14 mil milhões de euros, impulsionadas pelo desempenho positivo das suas três áreas de negócio: Air Distribution (+10,9%), Air IT Solutions (+15,8%) e Hospitality (+12,3%). O resultado operacional cresceu 18,2%, enquanto a dívida financeira líquida se situou nos 2,11 mil milhões de euros (0,91x EBITDA).

No seu Capital Markets Day de Junho de 2024, a empresa reafirmou o compromisso com um crescimento sustentado para o período 2024-2026, com estimativas anuais de expansão de receitas entre 6 e 9% para o segmento de Air Distribution, 10 a 14% para Air IT e 15 a 18% para Hospitality. A Amadeus mantém uma política de investimento significativa, com um CAPEX entre 11% e 13% das receitas, especialmente orientado para a migração para a cloud, o que deverá estabilizar a margem EBITDA durante este período. A geração de fluxo de caixa livre acumulado para 2024-2026 deverá situar-se entre 3,9 e 4,2 mil milhões de euros, com um programa de remuneração dos accionistas entre 40 a 50% do lucro anual. A empresa pretende manter a alavancagem financeira (Net Debt/EBITDA) entre 1,0x e 1,5x.

Para 2025, a Amadeus estima receitas entre 6,69 e 6,94 mil milhões de euros e um EBITDA entre 2,49 e 2,61 mil milhões de euros. Os custos associados à transformação para a cloud continuam a pressionar a estrutura de despesas, mas com crescimento mais moderado dos custos fixos face a 2024. A conclusão da transição para a cloud está prevista para o início de 2026, o que permitirá uma moderação adicional dos custos e um crescimento do EBIT superior ao do EBITDA, beneficiando de um aumento controlado da depreciação e amortização.

Dada a sua posição dominante e potencial de crescimento, reiteramos uma visão positiva sobre a Amadeus. Não menos relevante, no que diz respeito às métricas de avaliação referentes às acções da empresa, o P/E Forward situa-se abaixo das 19x, algo que consideramos atractivo face às perspectivas de crescimento da Amadeus e a situação financeira actual da empresa.

Os maiores contribuidores e detractores para a performance do Fundo durante o último trimestre:

Principais Detractores:

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Principais Contribuidores:

Picture6-4No que diz respeito aos principais contribuidores do Fundo no último trimestre, destacamos a performance das seguintes acções: Bankinter, Iberdrola, REN, CaixaBank e Banco Santander.

Relativamente aos três bancos destacados, as acções dos mesmos apresentaram valorizações significativas no trimestre, impelindo as avaliações destas empresas para níveis menos atractivos, sobretudo face ao actual contexto económico e evolução expectável das taxas de juro.

Quanto à Iberdrola, a empresa tem vindo a apresentar um bom desempenho operacional nos últimos trimestres, ao passo que as acções da REN começaram o ano relativamente pressionadas, o que contribuiu para acentuar a valorização registada no primeiro trimestre, tal como a divulgação por parte da empresa de algumas medidas que foram bem recebidas por parte dos investidores.

Em sentido contrário, no último trimestre as seguintes empresas tiveram uma contribuição negativa para a performance do Fundo: EDP Renováveis, Inditex, PUIG Brands e Navigator.

Quanto à underperformance da EDP Renováveis, a mesma resultou de diversos factores que têm vindo a penalizar empresas do sector, nomeadamente, a menor rotação de activos.

No que diz respeito aos restantes detractores, as acções da Inditex observaram uma correção após a divulgação de resultados que ficaram àquem das expectativas de alguns analistas e investidores. Porém, importa destacar que a empresa mantém uma posição financeira e perspectivas de crescimento sólidas, com as acções da empresa a apresentarem níveis de avaliação relativamente atractivos.

Por último, não acreditamos ser possível retirar grandes conclusões relativamente aos restantes detractores. Porém, no que diz respeito à PUIG, importa ainda referir que as acções saíram penalizadas do trimestre num contexto desafiante para a generalidade das acções de empresas de cosméticos e perfumes.

 

Política de Investimento

O Fundo Invest Ibéria tem como objectivo a valorização do capital investido a longo prazo através do investimento em acções em Portugal e Espanha. Até 14 de Dezembro de 2016, o Fundo designava-se por Alves Ribeiro – Médias Empresas Portugal, que tinha no mercado Português o seu universo de investimento. O fundo investe em acções e activos equiparados de empresas portuguesas e espanholas, bem como de sociedades que, embora não sejam portuguesas ou espanholas, desenvolvam a actividade principal na península ibérica. Para obtenção de exposição adicional, a sociedade gestora poderá realizar operações sobre instrumentos financeiros derivados, limitando essa exposição a 10% do valor líquido global do Fundo, medido pelo valor nocional dos contratos. O fundo não pode investir mais de 10% do seu valor líquido global em unidades de participação de fundos de investimento. O tipo de gestão efectuada pela sociedade gestora será activa.
 
 

Informação Relevante

Entidade Gestora: Invest - Gestão de Activos
Banco Depositário: Banco Invest
Entidade Colocadora: Banco Invest
Início de Actividade: 30 de Abril de 1999
ISIN: PTARMAME0005
Política de Rendimentos: Não distribui rendimentos
Comissão de Gestão / Depositário: 1,50% p.a.
Comissão de Resgate:  0%
 
Esta é uma comunicação promocional. Consulte o prospeto do Fundo e o documento de informação fundamental, disponíveis na língua portuguesa em www.bancoinvest.pt, para consulta em suporte duradouro, ou nos balcões do Banco Invest S.A., para consulta em papel, antes de tomar quaisquer decisões de investimento finais.
A composição e os pesos dos activos em carteira pode variar ao longo do tempo, em função das perspectivas do gestor. Taxas de rendibilidade e risco calculadas com base na cotação do Fundo a 31-Março-25. Taxas de rendibilidade líquidas de comissão de gestão e depositário e não líquidas de comissões de subscrição e resgate. O desempenho anterior não garante resultados futuros.

 

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