Síntese Trimestral - Invest Tendências Globais PPR

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O ano de 2024 ficou marcado por uma performance positiva do Fundo Invest Tendências Globais, com uma rendibilidade de 22,4%. Este valor compara com um retorno de 26,6% para o MSCI WORLD Total Return. Desde o início de actividade, em 30 de Junho de 2022, o Fundo obteve um retorno anualizado positivo de 19,0% vs 18,5% para o MSCI WORLD, o que se traduz numa outperformance anualizada de 59 bp. É importante realçar que este desempenho foi obtido subindo um pouco menos que o mercado nos momentos positivos (0,97x) e caindo menos que este nos períodos negativos (0,95x).

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Neste trimestre, a suportar o crescimento do Fundo estiveram a generalidade dos constituintes do mesmo, nomeadamente, empresas dos sectores de Tecnologia, Consumo Defensivo e Saúde. Entre os sectores com pior performance destacam-se Infraestruturas e Consumo Discricionário, cuja exposição é reduzida.

Importa ainda destacar o processo de investimento do Fundo, no sentido que o mesmo é a chave por detrás do seu desempenho. O Fundo tem uma perspectiva de longo prazo, assente numa rotação baixa da carteira, que deverá contar com níveis de concentração substanciais. Assim o Fundo procura investir em empresas expostas a tendências estruturalmente atractivas a médio-longo prazo e que possuam:

  • Elevadas rendibilidades sobre os capitais investidos (ROIC), obtidas de forma recorrente
  • Vantagens competitivas altamente difíceis de replicar
  • Alocação de capital eficiente
  • Baixos níveis de endividamento
  • Possibilidade de crescimento acima da média do sector em que se inserem
  • Equipas de gestão com track record positivo
  • Boas classificações ESG

Estes princípios que regem o processo de investimento, traduzem-se numa carteira com 32 constituintes e que apresenta as seguintes métricas vs o MSCI WORLD:

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No trimestre que agora termina, o nível de rotação da carteira não foi muito significativo. Em linha com o referido, a única alteração de relevo na carteira consistiu na venda das posições que o Fundo detinha na Brookfield Asset Management e na Apple, resultantes de níveis de avaliação escassamente atractivos. Foram constituídas novas posições na Vidrala e na L’Oreal dado o seu reduzido endividamento, as vantagens competitivas sustentadas das mesmas e os níveis de valorização  atractivos, nomeadamente versus ao consensual mercado Norte-Americano!

Assim, o foco da gestão deste Fundo passa por investir em empresas de qualidade a valorizações atractivas, evitando ir atrás de narrativas ou trades do momento. Desta forma, citando Warren Buffet, Chairman e CEO da terceira maior posição deste fundo, The stock market is there to serve you and not to instruct you”.

Durante o trimestre foi encerrada ainda a exposição remanescente a calls sobre o ETF iShares China Large Caps traduzindo-se num ganho de 38 bp para o Fundo.

Principais Destaques na Carteira do Fundo

Enquanto líder global no sector de cosméticos, a L’Oreal destaca-se pelo seu vasto portfólio de marcas, que coloca o grupo numa posição de relevo em várias regiões. Em termos operacionais, a empresa tem vindo a registar um desempenho sólido, como evidenciado pela evolução das vendas, que nos primeiros nove meses do ano cresceram de forma expressiva (+6%, LfL) apesar do contexto de mercado desafiante nalgumas regiões. Um exemplo notável é a China, onde a procura não só permanece fraca, como alguns segmentos do grupo tem inclusivamente registado perdas de quota de mercado (e.g., a divisão de Consumer Products).

Por outro lado, algumas divisões continuam a crescer de forma significativa, apesar da dimensão do grupo. Entre outros segmentos, a L’Oreal Luxe tem vindo a destacar-se, em grande medida, impulsionada pela venda de perfumes, que continua a expandir-se a uma taxa de crescimento de dois dígitos.

Em termos globais, importa porém sublinhar que a equipa de gestão da empresa tem vindo a alertar para o facto de que a recuperação nalguns mercados, como a China, pode estar demorada. Como tal, dado o peso elevado das vendas na China, este tem sido um dos catalisadores para a queda recente que a cotação das acções do grupo sofreu.

No seguimento do referido, a empresa recuou para níveis mais atractivos, apresentando inclusive um P/E inferior a 30, algo raro nos últimos anos, em que as acções da empresa cotaram sistematicamente acima de 30 vezes o lucro por acção (EPS). Confrontados com a avaliação mais atractiva de uma empresa best-in-class no sector em que opera, optámos por abrir uma posição na L’Oreal.

No decorrer do trimestre que agora termina, a Vidrala divulgou os resultados referentes aos primeiros 9 meses do ano. Entre os principais destaques, importa referir a melhoria do FCF, que em 2024 deverá ultrapassar os 200 milhões de euros, superando o guidance inicial que apontava para um valor na ordem dos 180 milhões de euros.

Perante um cenário de manutenção da forte capacidade de geração de fluxos de caixa, a empresa poderá continuar a apresentar uma trajectória de crescimento ao mesmo tempo que fortalece o seu balanço robusto. Em linha com o referido, importa destacar que a empresa apresenta uma ampla posição de liquidez, tal como um nível de endividamento reduzido.

Em sentido contrário, apesar do bom desempenho operacional, a empresa anunciou que os volumes se mantêm fracos, prevendo também uma ligeira descida de preços para 2025. Em parte, esta deterioração é um reflexo do desempenho do mercado ibérico, que em virtude de alguns ajustes de preço e da fraca procura tem sido penalizado, contrastando com a performance mais positiva registada noutras regiões, nomeadamente, no Brasil e no Reino Unido.

Face ao exposto, considerando que a Vidrala se encontra entre os melhores operadores do sector e dada a avaliação atractiva (P/E ≈ 13x), não deverá constituir uma surpresa o facto de o Fundo manter alguma exposição às acções da empresa.

Os maiores contribuidores e detractores para a performance do Fundo durante o último trimestre:

Principais Detractores:

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Principais Contribuidores:

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No que diz respeito aos principais contribuidores do Fundo no último trimestre, destacamos a performance das seguintes acções: Amazon, Visa, Salesforce, Alphabet e Microsoft.

No caso da Amazon, os resultados continuaram a mostrar crescimento sustentado no AWS e no ecommerce, destacando-se ainda o facto do internacional ter apresentado melhorias de rentabilidade à medida que os mercados mais incipientes veem a sua rentabilidade começar a convergir com mercados mais maduros como a Alemanha ou o Reino Unido.

A recuperação nos nomes tecnológicos do fundo após um Verão marcadamente fraco para o mesmo estendeu-se a nomes como a Salesforce com o anuncio do agentforce, à Google, que apesar de estar sob um processo de antitrust apresentou resultados solídos e novas descobertas no campo da computação quântica, e à Microsoft, que continuou a apresentar resultados consistentes.

Pela negativa, no último trimestre, pesaram na performance do fundo os seguintes detractores: Novo Nordisk, Inditex, Exor, ASML e Linde.

A underperformance da Novo Nordisk deveu-se, em parte, aos resultados do ensaio clínico de fase 3 do medicamento Carisegma que é suposto manter a liderança da empresa em obesidade. O facto deste medicamento ser importante para a empresa manter a sua vantagem competitiva após a expiração da patente dos Ozempic e Wegovy levou a algum cepticismo do mercado em face dos dados apresentados de perda de peso terem saído ligeiramente abaixo do esperado (com uma perda de 22,7%).

Este facto pode ser explicado pelo facto do ensaio ser flexível e permitir aos pacientes terem ajustado a dosagem, tendo apenas 57% optado por tomar a dosagem máxima até ao fim do ensaio.

Relativamente à Inditex, o crescimento apresentado dos resultados ficou um pouco abaixo das expectativas dos analistas. O nosso foco é multianual e procuramos identificar empresas que tenham trajectórias de crescimento nesse horizonte, pelo que à data de hoje a tese de investimento mantém-se inalterada.

Quanto às restantes empresas, a EXOR foi penalizada pela crise directiva na Stellantis e a ASML sofreu com o reajustar de expectativas por parte do mercado para um nível mais em linha com o nosso, tendo sido aproveitada a correção para recomprar algumas acções entretanto vendidas. Quanto à Linde existiu igualmente algum ajustar de expectivas no sentido de um crescimento mais moderado de resultados a curto prazo.

 

Política de Investimento

O objectivo do Fundo enquanto fundo de poupança-reforma, é incentivar a poupança de longo prazo, como complemento de reforma, através de uma carteira diversificada de acções emitidas por empresas sedeadas nas diversas zonas geográficas, com capitalização bolsista e liquidez elevadas, selecionadas de forma activa e discricionária. O tipo de gestão efectuada pela entidade responsável pela gestão será activa. Atendendo ao regime legal específico deste tipo de fundos, o Fundo destina-se a investidores não profissionais que assumam uma perspectiva de valorização das suas poupanças a longo prazo. O património do Fundo será investido, no mínimo, 85% em acções, obrigações convertíveis, ou que confiram direito à subscrição de acções, ou outros instrumentos que permitam uma exposição aos mercados accionistas, designadamente participações em instituições de investimento colectivo cuja política de investimento seja maioritariamente por acções.
O Fundo não privilegiará, em termos de investimentos, geografias ou sectores económicos específicos. O Fundo não pode investir mais de 30% do seu valor líquido global em entidades de participação de outros fundos de investimento. Em condições normais, o Fundo não efectuará cobertura de risco cambial, salvo se a gestão o considerar como adequado face às expectativas de que as moedas estrangeiras se possam depreciar de forma relevante.
O Fundo poderá recorrer a instrumentos financeiros derivados nomeadamente futuros e opções, com os seguintes objectivos: 1) cobertura de riscos de variação do preço dos activos em carteira ou de variabilidade dos rendimentos; 2) obtenção de exposição adicional aos diferentes mercados em que investe.

 

Informação Relevante

Entidade Gestora: Invest - Gestão de Activos
Banco Depositário: Banco Invest
Entidade Colocadora: Banco Invest
Início de Actividade: 1 de Julho de 2022
ISIN: PTARMJHM0003
Política de Rendimentos: Não distribui rendimentos
Comissão de Gestão / Depositário: 1,50% p.a.
Comissão de Resgate:  0%
 
Esta é uma comunicação promocional. Consulte o prospeto do Fundo e as informações fundamentais destinadas aos investidores, disponíveis na língua portuguesa em www.bancoinvest.pt, para consulta em suporte duradouro, ou nos balcões do Banco Invest S.A., para consulta em papel, antes de tomar quaisquer decisões de investimento finais. 

A composição e os pesos dos activos em carteira pode variar ao longo do tempo, em função das perspectivas do gestor. Taxas de rendibilidade e risco calculadas com base na cotação do Fundo a 31-Dezembro-24. Taxas de rendibilidade líquidas de comissão de gestão e depositário e não líquidas de comissões de subscrição e resgate. O desempenho anterior não garante resultados futuros.

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