Noite de Natal. A família está reunida. A Leonor e o Francisco recebem em sua casa o seu filho Jorge e a esposa Sandra. Com eles está a filha Mariana com o noivo Filipe. E ainda o filho Bernardo, o membro mais novo da família, ainda adolescente. A seguinte conversa surgiu durante a Consoada.
Jorge – Este ano vou fazer um PRR!
Mariana – Oh Pai, não será um PPR? É que isso do PRR é aquela cena da União Europeia, o Plano de Recuperação e Resiliência.
Jorge – Ah, pois! É isso… um PPR. Um Plano Poupança Reforma.
Filipe – E já escolheu qual?
Mariana – Devias escolher aquele do Alves Redol.
Sandra – Alves Redol?! Mas isso é um PPR Neorrealista?
Filipe – Devemos encarar todos os investimentos com muito realismo.
Bernardo – Já li um livro do Alves Redol.
Sandra – E devias ler mais para ver se subias essas notas.
Jorge – Não é Alves Redol. É parecido com isso.
Sandra – Será Alves dos Reis?
Jorge – Isso também não é. Isso foi aquele da fraude das notas de 500 escudos há 100 anos atrás.
Mariana – 500 escudos? Quanto é que é isso em Euros?
Sandra – É mais ou menos 2,50 Euros. Mas naquele tempo era uma fortuna imensa.
Bernardo – Ainda te lembras disso, Mãe?
Sandra – Olha, isso nem sequer é do tempo da tua Avó! E voltas a fazer uma piada dessas e ficas sem prenda de Natal.
Bernardo – Pronto, pronto!
Filipe – Acho que sei qual é! É aquele que é o melhor Fundo PPR do mercado. O Alves Bandeira!
Mariana – Mas qual Alves Bandeira!?
Jorge – É qualquer coisa assim, é!
Mariana – Não é, Pai! Isso são postos de combustíveis.
Bernardo – Assim seria um PPR com muito gás!
Mariana – Mas tens razão, é qualquer coisa assim. Será Riberalves?
Sandra – Riberalves é o bacalhau que está na mesa.
Bernardo – Não podia ser carne?
Filipe – Isso é amanhã ao almoço. Tradições são tradições.
Leonor – O que vocês querem dizer é o Alves Ribeiro PPR.
Todos – É isso! É isso!
Leonor – Ainda alguns de vocês eram crianças e outros ainda não tinham nascido, já eu tinha subscrito o Alves Ribeiro PPR.
Bernardo – A sério, Avó?
Leonor – Sim. Vai com 6,1% desde o seu lançamento. Para mim não há melhor.
Jorge – Pois! É esse que eu vou fazer.
Leonor – E deixaste para a última semana do ano?
Jorge – Ora… é por causa dos benefícios fiscais.
Leonor – Os benefícios são todo o ano. Não foi assim que te eduquei. Vê lá se em 2026 fazes as coisas com tempo.
Francisco – Vamos mas é fazer um brinde! Bom Natal e Bom Ano!