
Os investidores recorrem aos indicadores macroeconómicos para obterem pistas sobre o estado da economia de um país. Contudo, existem dois tipos de dados, o “soft” e “hard”.
Soft Data:
Refere-se a dados qualitativos e subjectivos, muitas vezes baseados em opiniões, percepções, sentimentos ou expectativas. Estes dados são menos precisos e mais interpretativos porque podem ser influenciados por emoções e opiniões.
- Exemplos: Confiança do Consumidor, Expectativas de Inflação
Hard Data:
Refere-se a dados quantitativos e objectivos, geralmente obtidos por medições concretas ou registos oficiais. Estes dados são mais precisos porque baseiam-se em factos concretos.
- Exemplos: PIB, Taxa de Desemprego, Inflação
Actualmente, existe uma crescente desconexão entre ambos. O soft data, que olha para o futuro, tem desiludido o mercado, enquanto o hard data continua a confirmar uma economia resiliente nos Estados Unidos.
Vale a pena recordar que o soft data tende a prever alterações no hard data com seis meses de antecedência. No entanto, ambos são complementares: soft data pode antecipar tendências enquanto hard data confirma os resultados reais.
O Nomura resumiu os dados macroeconómicos dos Estados Unidos dos últimos 12 meses, na tabela abaixo-mencionada, para confrontar as diferenças entre os dois tipos de dados:
Hard Data:
✅ Índices PMI > 50 pontos, ou seja, a actividade empresarial continua em terreno de expansão;
✅ Inflação ainda não reflecte o impacto das tarifas;
✅ Arrefecimento gradual do mercado laboral.
Soft Data:
❌ Expectativas do Consumidor da Universidade de Michigan em mínimos de um ano em Maio pressionadas pelas tarifas e aumento esperado da inflação.
Por isso, embora, por agora, o hard data pareça estar a mover mais o mercado do que o soft data, o melhor será ter mais cautela daqui para a frente.
Fonte: Augur Infinity, Bloomberg, Nomura