O índice S&P 500 valorizou mais de 16% desde o início do ano. No entanto, vale a pena relembrar que o benchmark afundou aproximadamente 20% em Abril, ou seja, o índice de referência ganhou 36% desde os mínimos, o que o coloca num patamar raro na história.
O benchmark regista muito mais ganhos positivos do que negativos. Desde 1950 que o índice S&P 500 valorizou 14 vezes entre 15-25% e 16 vezes acima de 25%.
Em Novembro, o índice S&P 500 deve fechar sem nenhum ganho. Não foi o melhor mês do ano, conforme os anos anteriores mas para as 22 sessões de negociação que restam até o final de ano, tudo indica um cenário optimista para as acções norte-americanas.
Quais são os factores para um final de ano promissor?
➡️ Fim de ano é sazonalmente forte para as acções;
➡️ Empresas norte-americanas registaram uma das melhores épocas de resultados em anos;
➡️ Fed provavelmente vai cortar as taxas de juros directoras em Dezembro;
➡️ Valorização sustentada da inteligência artificial.
Em termos históricos, o índice S&P 500 nunca desvalorizou simultaneamente em Novembro e Dezembro em nove dos últimos 50 anos.
Na última semana de Dezembro, Wall Street entrará no seu sprint final de ano, conhecido como o Rally de Natal.
Após ganhos acumulados de dois dígitos no ano, o índice S&P 500 subiu 69,4% das vezes desde a Terça-feira anterior ao Dia de Acção de Graças até o final do ano, com um ganho médio de 2,2%. Somente em Dezembro subiu 75% das vezes com uma valorização média de 2,0%.

Na próxima semana, o centro das atenções dos investidores regressa aos indicadores macroeconómicos, tendo em conta que é a semana que antecede as reuniões de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos, nos dias 9 e 10 de Dezembro e do Banco Central Europeu no dia 18 de Dezembro.
O destaque será na divulgação do indicador preferido de inflação da Fed, o índice de preços de despesas pessoais, ou PCE, na Sexta-feira, em que os economistas estimam que seja 2,8% YoY em Setembro igual ao mês anterior.

Os dados finais do inquérito aos gestores de encomendas (PMI) do mês de Novembro serão revelados na Segunda-feira em relação ao sector industrial e na Quarta-feira do sector dos serviços. Na Zona Euro será divulgada a estimativa rápida da inflação de Novembro na Terça-feira, dia 2, sendo previsto que a evolução homóloga dos preços se mantenha em redor dos 2,1%, dando margem ao BCE para manter a política monetária. A taxa de desemprego também será revelada e espera-se uma subida igual ao mês anterior de 6,3%.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados reúnem-se no Domingo, dia 30 de Novembro para chegar a algum consenso em relação aos níveis de produção do cartel, que têm vindo a subir. No início do mês, oito membros decidirem que não vão aumentar a produção no primeiro trimestre de 2026.

Fonte: Almanac Trader, LPL Financial, Reuters
