
A Figma é uma plataforma de software de design colaborativa que ajuda equipas a criar interfaces (UI) e a experiência de utilização (UX) de outras aplicações. Actualmente, é uma das plataformas mais utilizadas por designers, agências de comunicação e empresas em todo o mundo com 13 milhões de utilizadores activos por mês. Netflix e Stripe, por exemplo, são clientes conhecidos da Figma.
Em 2022, a Adobe, a empresa norte-americana, conhecida pelo seu conjunto de programas gráficos digitais, tentou adquirir a Figma por cerca de $20 mil mn. Porém, os reguladores da concorrência do Reino Unido e da União Europeia obrigaram a Figma a desistir dessa fusão.
O modelo de negócio da empresa tem por base uma subscrição mensal e no primeiro trimestre de 2025 apresentou lucros de $45 milhões. A empresa estima ter gerado receitas de $250 milhões no segundo trimestre.
O início da negociação dos títulos da Figma, com o código de negociação FIG, será hoje na bolsa de Nova Iorque (NYSE).
A empresa estimava inicialmente que as acções começassem a negociação num intervalo de preço entre os $25 e $28, o que foi revisto para um intervalo entre $30 e $32 e colocado a $33 por acção, avaliando a empresa nos $19,3 mil milhões. O oferta foi 40 vezes sobrescrita.
Entre 2000 e 2025, realizaram-se 6.488 IPOs. O ano com menos IPOs foi em 2008 com apenas 62 empresas. O ano de 2021 atingiu um máximo recorde de 1.035 IPOs.
As ofertas públicas iniciais em 2025 registaram o arranque mais lento em cinco anos mas até agora, já são 199 IPOs este ano.
A rendibilidade das IPOs do ano passado foi de 15,58%, incluindo dividendos. Desde a criação do fundo foi de 7,77%.
Uma das IPOs mais recentes foi o do Circle Internet Group (CRCL), que é uma empresa de pagamentos peer-to-peer que gere a stablecoin USDC. No primeiro dia de negociação as acções valorizaram 168,48% e já acumula um ganho de 514,52% desde a sua entrada em bolsa no dia 5 de Junho. As acções da IA CoreWeave (CRWV) também dispararam 150% desde o seu IPO em Março.
De acordo com o Goldman Sachs, a rendibilidade média mensal das IPOs no primeiro dia de negociação é de 37%, bastante acima da média de 30 anos de 9%.
Fonte: Figma, Goldman Sachs