
Em menos de três meses, depois de parecer que nada poderia impulsionar as bolsas novamente e com uma recessão prevista pela maioria dos economistas, o mercado de acções norte-americanas atingiu novos recordes históricos.
Na Sexta-feira, o índice S&P 500 tocou um máximo intradiário de 6.187,68 pontos e um máximo de fecho de 6.173,07 pontos.
O benchmark acumula uma subida de 4,96% desde o início do ano, com as seguintes acções a valorizaram mais e menos em 2025.
Um dos motivos apontados para esta recuperação das acções norte-americanas foi a forte época de resultados do primeiro trimestre. Os lucros das empresas do índice S&P 500 subiram 13,7% YoY, comparado com os 8% esperados pelos analistas no dia 1 de Abril. Contudo, as expectativas dos analistas têm recuado, para os próximos quatro trimestres, em relação às previsões no início de Abril.
Outro dos motivos para a valorização das bolsas foram as entradas massivas de fundos para as acções.
Mesmo assim os investidores continuam com uma exposição reduzida aos mercados e ainda permanece longe dos níveis de Fevereiro.
Os bancos centrais em todo o mundo já cortaram as taxas de juros 64 vezes este ano enquanto a Reserva Federal dos Estados Unidos ainda não começou a descer as taxas de juro, o que poderá impulsionar mais as acções.
Segundo Ed Yardeni da Yardeni Research, o maior risco agora para os investidores é um melt-up das bolsas norte-americanas devido a uma melhoria dos dados macroeconómicos. Ele acredita que os activos de risco, tais como as acções, têm um histórico de escalar o Wall of Worry, valorizando sempre mesmo com as preocupações, incertezas ou notícias negativas.
Yardeni prevê que o índice S&P 500 chegue aos 6.500 pontos até o final do ano e 10.000 até o final da década.
O índice S&P 500 valorizou 72,6% nas 678 sessões de negociação, desde o mínimo de 2022, mas ainda está abaixo do ganho médio de 153,7% de um bull market que dura em média 1.145 dias.
Fonte: All Star Charts, BofA, Goldman Sachs, Reuters