Em Novembro, o índice de preços ao consumidor na China, subiu 0,7% em termos homólogos, registando o aumento mais elevado desde Fevereiro de 2024. Esta aceleração foi em linha com as expectativas dos economistas, após dois meses consecutivos de descidas depois de uma subida inesperada de 0,2% em Outubro.
O aceleramento da inflação foi devido ao aumento dos preços alimentares, que passaram de uma queda de 2,9% em Outubro, para uma subida de 0,2% em Novembro. O destaque foi para os legumes frescos, cujo preço inverteu uma tendência de nove meses de quedas, subindo 14,5% após uma descida de 7,3% no mês anterior.
A inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, subiu 1,2% em relação ao ano anterior, igual ao mês anterior e permanecendo no seu nível mais elevado em 20 meses.
Há dois anos que o risco de deflação assombra a economia chinesa devido a uma profunda crise imobiliária que afectou o investimento e o consumo numa altura em que o país se prepara para entrar no novo Ano Lunar do Cavalo de Fogo, que começa em 17 de Fevereiro de 2026 e termina em 5 de Fevereiro de 2027.
Os estímulos parecem estar a surtir efeito lentamente na economia chinesa, elevando a inflação ao consumidor.

O desempenho do mercado de acções tem sido decepcionante este ano apesar de um aumento no crescimento da oferta monetária restrita, incentivando a liquidez a sair para o exterior e apoiar os activos financeiros globais.
Se a inflação na China regressar de forma sustentável deverá impulsionar as margens de lucro das empresas e, consequentemente, o preço das suas acções.
Fonte: Bloomberg