
Indicadores Económicos
No mês de Abril foram publicados os dados da inflação referentes a Março, que na Zona Euro apontaram para uma subida anual de 2,2%, o que compara favoravelmente com a leitura anterior (2,3%). No plano nacional, a subida dos preços situou-se nos 1,9%, também numa base anual, o que representa uma descida considerável face ao valor registado no mês anterior (2,4%).
A nível do mercado laboral da Zona Euro não se verificaram grandes alterações, com as taxas de desemprego das principais economias da região a permanecerem relativamente inalteradas. Por outro lado, importa ainda realçar que o quadro de expansão económica moderada continua a ser sustentado pelos principais indicadores macroeconómicos, em particular, os dados referentes ao índice HCOB Eurozone Composite PMI que, no mês de Abril, se manteve em território de expansão (50,1 pontos).
Nos EUA, o índice S&P Global Composite PMI fixou-se nos 51,2 pontos, valor inferior à leitura do mês anterior (53,5 pts.), ao passo que as vendas a retalho de Março registaram uma variação positiva (+1,4%) numa base mensal, superando as expectativas dos analistas (+1,3%). No que diz respeito à inflação, o CPI avançou 2,4% em termos anuais, o que representa uma descida face ao valor registado no mês anterior (2,8%).
Evolução dos Mercados
No mês de Abril, os índices norte-americanos S&P-500 e Nasdaq-100 registaram variações de -0,8% e +1,5%, respectivamente.
Na Europa, o panorama foi mais negativo, com o EuroStoxx-50 a desvalorizar cerca de 1,7%. No plano nacional, o índice PSI terminou o mês em terreno positivo, tendo apresentado uma variação mensal de +1,9%. Entre as empresas que apresentaram maiores variações no mês encontram-se a EDP (+11,7%), Jerónimo Martins (+8,8%), a NOS (-7,6%) e a Galp (-16,0%).
Em sentido contrário, nos mercados emergentes, o índice MSCI Emerging Markets registou uma subida de 1,0%, em USD, sendo que o destaque recai sobre a valorização expressiva do mercado accionista indiano (MSCI India, +4,7% em USD).
Índices Accionistas
Evolução EuroStoxx-50
Cotações a 30/04/2025. Fonte: Bloomberg. Banco Invest
No plano das commodities, o Ouro registou mais um mês positivo, tendo apresentado uma valorização expressiva (+5,3%, em USD). No que diz respeito ao Petróleo, o mesmo apresentou perdas significativas no mês de Abril, com a cotação do barril WTI a registar uma variação de -18,6% em Abril.
Commodities
Cotações a 30/04/2025. Fonte: Bloomberg. Banco Invest
Entre os pares cambiais, o destaque recai sobre o Euro, que ganhou terreno face ao Dólar Americano (+4,7%).
Taxas de Câmbio
Evolução EUR/USD
Cotações a 30/04/2025. Fonte: Bloomberg. Banco Invest
A nível do mercado obrigacionista, as yields da dívida pública a 10 anos nos Estados Unidos não apresentaram variações significativas em Abril, encerrando o mês nos 4,16%. Na Europa, as yields dos Bunds alemães e dos Gilts britânicos a 10 anos fecharam o período nos 2,44% (-30 bp) e 4,44% (-24 bp), respectivamente.
Taxas de Juro
Cotações a 30/04/2025. Fonte: Bloomberg. Banco Invest
No segmento de crédito, o índice Global Investment Grade (EurH) avançou 0,8%, enquanto o Global High Yield (EurH) apresentou uma variação de -0,2%.
Na terceira reunião de política monetária de 2025, que ocorreu no dia 17 de Abril, o Banco Central Europeu (BCE) tomou a decisão de cortar a taxa de juro de referência em 25 pontos-base, de 2,50% para 2,25%.
De acordo com a informação divulgada no seguimento da reunião, a trajectória da inflação continua a evoluir conforme esperado, com a inflação geral e a inflação subjacente a descerem em Março. Adicionalmente, a maioria dos indicadores de inflação subjacente sugere que a inflação irá estabilizar em torno da meta de médio prazo de 2%.
Pela negativa, as perspectivas de crescimento da Zona Euro têm vindo a deteriorar-se como resultado do aumento das tensões comerciais, apesar das economias da região apresentarem alguma resiliência contra os choques globais.
De resto, é expectável que o aumento da incerteza reduza a confiança das famílias e das empresas, sendo que uma resposta adversa e volátil do mercado às tensões comerciais poderá contribuir para que as condições de financiamento se tornem mais restritivas.