Invest Monthly - Setembro 2025

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Indicadores Económicos

No mês de Setembro foram publicados os dados da inflação referentes a Agosto, que na Zona Euro evidenciaram uma subida anual de 2,0%, em linha com o valor registado no mês anterior. No plano nacional, a subida dos preços situou-se nos 2,8%, também numa base anual, valor superior ao registado no mês anterior (2,6%).

Quanto ao mercado laboral da Zona Euro não se registaram alterações significativas, mantendo-se praticamente inalteradas as taxas de desemprego das principais economias da região, como a Alemanha (6,3%) ou Itália (6,0%).

No que diz respeito à actividade económica, a região mantém uma trajectória de crescimento, ainda que moderado, com os índices PMI a permanecerem em território de expansão. Em particular, o índice HCOB Eurozone Composite PMI situou-se nos 51,2 pontos, traduzindo uma melhoria face ao valor observado no mês anterior.

Relativamente à economia norte-americana, importa destacar alguns indicadores macroeconómicos. O índice S&P Global Composite PMI ficou aquém das estimativas, fixando-se nos 53,6 pontos, ainda em território de expansão. Em sentido contrário, as vendas a retalho de Agosto superaram as previsões, tendo registado um aumento mensal de 0,6%, valor superior ao registado no mês anterior.

No que diz respeito à inflação, o CPI registou uma variação homóloga de 2,9%, ligeiramente acima dos 2,7% observados no mês anterior.

Evolução dos Mercados

No mês de Setembro, o panorama foi positivo para os índices norte-americanos, com o S&P-500 e o Nasdaq-100 a registarem variações de +3,5% e +5,4%. Na Europa, o EuroStoxx-50 apresentou ganhos de cerca de 3,3%. De igual modo, no plano nacional, o índice PSI terminou o mês em terreno positivo, tendo apresentado uma variação mensal de +2,5%. Por último, no que aos mercados emergentes diz respeito, o índice MSCI Emerging Markets registou uma subida de 7,0%, em USD.

Índices Accionistas

Picture1-Oct-03-2025-03-03-32-4530-PMEvolução EuroStoxx-50

Picture2-Oct-03-2025-03-04-12-8904-PMCotações a 30/09/2025. Fonte: Bloomberg. Banco Invest

No plano das commodities, o Petróleo apresentou perdas no mês de Setembro, com a cotação do barril WTI a registar uma descida de -2,6%. No que diz respeito aos metais preciosos, a cotação do Ouro verificou mais uma subida (+11,9%, em USD), em linha com a Prata, que registou igualmente uma variação positiva (+17,4%, em USD).

Commodities

Picture3-Oct-03-2025-03-07-37-6151-PMCotações a 30/09/2025. Fonte: Bloomberg. Banco Invest

Entre os pares cambiais, o destaque recai sobre o Franco Suiço, que ganhou terreno face ao Dólar Americano (+0,5%), ao Euro (+0,1%), ao Iene Japonês (+1,1%) e à Libra Esterlina (+1,0%).

Taxas de Câmbio

Picture4-Oct-03-2025-03-08-33-7413-PMEvolução EUR/USD

Picture5-Oct-03-2025-03-09-44-3640-PMCotações a 30/09/2025. Fonte: Bloomberg. Banco Invest

A nível do mercado obrigacionista, as yields da dívida pública a 10 anos nos Estados Unidos registaram uma descida em Setembro, encerrando o mês nos 4,15% (-8 bp). Na Europa, as yields dos Bunds alemães e dos Gilts britânicos a 10 anos fecharam o período nos 2,71% (-1 bp) e 4,70% (-2 bp), respectivamente.

Taxas de Juro

Picture6-Oct-03-2025-03-10-43-4447-PMCotações a 30/09/2025. Fonte: Bloomberg. Banco Invest

No segmento de crédito, o índice Global Investment Grade (EurH) apresentou uma variação de +0,5%, enquanto o Global High Yield (EurH) registou uma valorização de +0,4%.

No campo da política monetária, o destaque recai sobre a Reserva Federal (FED) que, no dia 17 de Setembro, decidiu reduzir a taxa de juro de referência em 25 pontos base, dos 4,50% para os 4,25%.

Segundo a instituição, alguns indicadores sugerem que o crescimento da actividade económica abrandou no primeiro semestre do ano. O crescimento do emprego desacelerou também, ao passo que a taxa de desemprego subiu ligeiramente, apesar de continuar baixa (4,3%).

Ainda no que diz respeito à actuação dos principais bancos centrais a nível global, importa sublinhar que, a 11 de Setembro, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter as taxas de juro de referência nos 2,00%.

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