
Em Setembro, os investidores de retalho compraram mais de $100 mil milhões em acções norte-americanas, a maior compra mensal de sempre, segundo os dados do Morgan Stanley.
Assim, o total adquirido pelos clientes de retalho este ano totaliza $630 mil milhões e caminha para os $800 mil milhões no ano inteiro.
Segundo algumas métricas, a actividade destes investidores assemelha-se bastante à da febre das acções meme de 2021. A participação do retalho é próxima de 30% do volume intradiário total, segundo estimativas da QDS baseadas em dados públicos, quase o mesmo nível do início de 2021.
O volume de opções de compra acabou também de atingir um novo recorde.
Em primeiro lugar, grande parte da procura deste ano veio de ETFs, e só recentemente a procura por acções é que aumentou.
Em 2025, menos de metade da procura terá sido de acções, embora o ritmo de compra agora pareça semelhante ao de 2020/2021, também é importante relembrar que o valor de mercado das acções agora é o dobro do que era naquela altura, logo o impacto é menor.
O histórico de 2020/21 mostra que a procura poderá continuar durante algum tempo a partir de agora, antes de se estabilizar, e diversas outras métricas sugerem o mesmo.
A alocação de activos de investidores de retalho em acções está agora em 68% segundo o inquérito AAII mas abaixo do pico em 2021 (71%) ou 2000 (77%).
A alocação de activos de dos investidores de retalho em acções está altamente correlacionada ao emprego (correlação de 65% entre as duas séries).
Isso sugere que seria necessário um ciclo de trabalho ou uma recessão para que o retalho reduzisse significativamente o risco patrimonial.
Além disso, o aumento dos saldos de margens no último ano é apenas metade do que era em 2000 ou 2007, sugerindo que a alavancagem pode aumentar ainda mais antes de atingir o limite máximo. Picos típicos de procura pelos investidores de retalho, como os que estamos a verificar agora, normalmente duram no máximo 5 ou 6 semanas antes de reverter para a tendência anterior e actualmente estamos assim há 6 semanas.
Fonte: Morgan Stanley