
De acordo com uma análise do Goldman Sachs, intitulado Investing in Everything, Everywhere, All at Once, a Carteira Mundial, que soma todos os activos financeiros investíveis globalmente, vale aproximadamente 250 biliões de dólares. Desde 1990, a Carteira Mundial cresceu de 75% para 200% do PIB global.
A Carteira Mundial pode ser uma referência útil para avaliar o desempenho de carteiras multiactivos e alocações de activos financeiros pelos investidores.
As mudanças persistentes nos pesos dos activos estão frequentemente ligadas a tendências macroeconómicas, como a inflação que impulsionou o ouro em relação aos mercados de acções e obrigações durante a década de 1970, ou bolhas de acções como a Bolha Tecnológica no final da década de 1990.
Actualmente, existem três tendências principais:
1) O peso das acções em relação às obrigações aumentou substancialmente desde a Crise Financeira Global mas permanece abaixo dos níveis da década de 1990.
2) Os Estados Unidos acumularam um peso maior e são muito dominantes, tanto em acções como em obrigações.
3) Alternativas como private equity, ouro e criptomoedas cresceram em relação às acções e obrigações mas ainda permanecem relativamente reduzidas.
Os Estados Unidos continua a pesar mais na Carteira Mundial enquanto o ouro representa apenas 6% enquanto as criptomoedas mal chegam a 1%.
O retorno real da Carteira Mundial é próximo de 4% desde a Segunda Guerra Mundial.
A alocação em acções pelos investidores norte-americanos são mais elevadas do que durante a Bolha Tecnológica.
As maiores alocações pelas famílias em acções são nos Estados Unidos, Austrália e Suécia e as menores são na Europa e no Japão, onde as reservas de liquidez são notavelmente maiores. Estas diferenças decorrem de factores como demografia, diferenças culturais, políticas fiscais, desempenho histórico das acções e o tamanho dos mercados de acções domésticos.
Conclusões da Carteira Mundial
1) Carteiras Desequilibradas:
Embora uma carteira 60/40 tenha apresentado um desempenho sólido para a última geração de investidores, o desempenho histórico variou significativamente em função dos regimes macro estruturais.
A Carteira Mundial registou os melhores retornos com um bom crescimento do PIB e inflação estável.
2) Domínio dos Estados Unidos
Embora o domínio dos activos norte-americanos na Carteira Mundial tenha sido um factor favorável ao desempenho pós-Crise Financeira Global, também pode ser um factor desfavorável.
3) Perda dos benefícios de uma diversificação mais ampla
A Carteira Mundial também perdeu os benefícios de uma diversificação mais ampla, por exemplo, de activos com ponderações menores ou alternativas.
Uma estratégia de paridade de risco que inclua o private equity e criptomoedas, apresentou consistentemente um índice de Sharpe mais elevado do que a Carteira Mundial ou uma Carteira 60/40 desde 1990.
Fonte: Goldman Sachs