
As acções são um dos activos financeiros mais importantes para os investidores de longo prazo. Contudo, a diversificação de acções tem frustrado a maioria dos investidores porque o sector tecnológico dominou as bolsas norte-americanas nos últimos anos. Em 2025, o cenário é bastante diferente porque o mercado de acções é mais abrangente agora, tendo em conta que os maiores vencedores não são apenas as empresas das "Magníficas Sete", e assim, apresentam-se mais oportunidades de diversificação de carteira.
Como poderá verificar no gráfico, mais de metade das empresas do índice S&P 500 estão a superar o próprio benchmark em 2025, um forte contraste em relação a 2023 e 2024.
Os mercados internacionais e empresas de pequena capitalização são dois exemplos que podem proporcionar oportunidades de diversificação.
Cada um oferece características distintas e benefícios potenciais especialmente em períodos de volatilidade do mercado e incerteza económica.
As acções internacionais têm apresentado uma forte valorização este ano.
As acções internacionais são divididas em Mercados Desenvolvidos (como Europa, Japão e Austrália) e Mercados Emergentes (como China, Índia e Brasil). O índice MSCI EAFE, que acompanha 21 países-chave de Mercados Desenvolvidos, valorizou-se cerca de 17% desde o início do ano. O índice MSCI EM, que acompanha Mercados Emergentes, subiu cerca de 10%.
Esses mercados não apenas tiveram um desempenho melhor este ano, como as diferenças de avaliação permanecem substanciais. Enquanto o S&P 500 é negociado com índices preço/lucro elevados, os mercados internacionais oferecem avaliações mais atraentes, como ilustrado no gráfico abaixo.
Por outro lado, as acções de baixa capitalização bolsista não apresentaram ganhos este ano. O índice Russell 2000, que acompanha o desempenho das small caps, gerou retornos anualizados de aproximadamente 5% na última década, em comparação com aproximadamente 10% do S&P 500, conforme mostrado no gráfico abaixo.
As empresas small cap têm menos exposição ao sector tecnológico e obtêm a maior parte das suas receitas de operações domésticas, o que as torna sensíveis a mudanças na política económica e nas condições comerciais dos EUA. Estas empresas têm enfrentado dificuldades até agora devido à incerteza contínua em relação às tarifas e ao crescimento económico. No entanto, isso criou avaliações potencialmente atraentes. Para investidores de longo prazo, manter a exposição a diferentes factores, como acções de empresas small cap e internacionais, por exemplo, poderá ajudar a criar carteiras mais equilibradas.
Fonte: Clearnomics, JPMorgan, Schroders, NDR