
Hoje o ouro ultrapassou a barreira psicológica de 3.000 dólares por onça pela primeira vez. Esta foi a 13.ª vez que o ano atingiu máximos históricos em 2025. Desde o início do ano que o preço do ouro valorizou 14%, depois de ter disparado 27% em 2024.
O ouro está em máximos recorde devido a uma combinação de factores económicos e geopolíticos que aumentam a sua atractividade como activo de refúgio. A política comercial agressiva dos Estados Unidos e as compras dos bancos centrais têm sustentado a valorização do ouro nos últimos meses.
As expectativas de cortes futuros nas taxas de juros pelo Reserva Federal também favorecem o ouro, pois juros mais baixos enfraquecem o dólar e tornam o metal mais atraente.
O mercado já espera três cortes de 25 pontos base nas taxas de juro directoras pela Reserva Federal dos Estados Unidos, de apenas duas descidas há dois dias. A Fed já reduziu as taxas em 100 pontos base desde Setembro, após uma pausa em Janeiro mas os mercados antecipam agora mais cortes na reunião de política monetária em Junho.
A procura pelos ETFs de ouro também está a disparar com estes activos registando a maior entrada semanal desde Março 2022.
Os países como a China, Índia e Turquia têm aumentado as suas reservas de ouro, para diversificar as suas posições e reduzir a dependência do dólar norte-americano. Por exemplo, o banco central da China adquiriu ouro durante quatro meses consecutivos até Fevereiro.