
A política regressou ao comando dos mercados globais hoje mas com duas reacções opostas: bolsa francesa afundou mas a nipónica atingiu novo máximo recorde.
França: Sébastien Lecornu, o primeiro-ministro francês apresentou a sua demissão
Sébastien Lecornu foi o quarto primeiro-ministro nomeado no último ano e tinha tomado posse no dia 10 de Setembro. A renúncia acontece horas depois de Lecornu relevar a composição parcial do seu Governo, com o anúncio de 16 ministros e dois delegados, quase todos de centro-direita e direita e muitos deles vindos do gabinete do seu antecessor, François Bayron. Na sequência da demissão de Leconru, Jean-Luc Mélenchon, líder do France Insoumise, pediu uma "revisão imediata" do pedido de impeachment apresentado contra Emmanuel Macron.
A economia francesa, uma das maiores do mundo e a segunda maior da União Europeia, enfrenta um défice e uma dívida pública crescentes. Por conseguinte, os juros da dívida francesa a 10 anos dispararam para os 3,58%, o que coloca o "spread" face à rendibilidade das "bunds" alemãs, referência para a Europa, nos 87 pontos base.
O sector financeiro foi o mais penalizado no índice francês CAC 40 que afundou mais de 2% hoje.
Japão: Partido Liberal Democrata elegeu Sanae Takaichi como a sua nova líder
O Partido Liberal Democrata, actualmente no governo, elegeu Sanae Takaichi como a sua nova líder, abrindo caminho a que a antiga ministra da Economia se torne a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do país. A corrida pela liderança foi desencadeada no mês passado, quando o primeiro-ministro Shigeru Ishiba anunciou anunciou a demissão, após um ano no cargo.
Takaichi integra a ala mais à direita do partido e é conhecida por ser "pró-estímulo", o que levou o índice japonês Nikkei 225 a atingir um novo máximo recorde hoje superando os 48.000 pontos pela primeira vez na história.
Os investidores reduzindo as expectativas de que o Banco do Japão possa aumentar as taxas de juro já este mês, ao mesmo tempo que aumentou as preocupações sobre maior emissão de dívida para financiar cortes de impostos.
Por outro lado, a divisa nipónica afundou quase 2%, para 150 ienes por dólar, registando o seu pior dia desde Maio.
Fonte: Bloomberg, Nikkei, Reuters