Uma posição curta numa acção, ou short selling, resulta quando os investidores vendem um activo, que não possuem, com a expectativa de que o seu preço diminua, lucrando assim com a estratégia.
De acordo com a European Securities and Markets Authority, as empresas são obrigadas a divulgar os seus short‑sellers quando o volume vendido equivale a uma percentagem que corresponde a, no mínimo, 0,5% do capital social da empresa e a cada 0,1% acima desse valor.
Os short-sellers detêm posições em cotadas do índice PSI com um valor de cerca de 385,15 milhões de euros, calculado com base no preço de fecho do dia 2 de Dezembro.
Mota-Engil - 2,45% do capital (€35,14 mn)
A construtora é a cotada do índice PSI com a maior fatia do capital nas mãos de fundos abutres. A Capital Fund Management S.A. reforçou no dia 1 de Dezembro, a sua posição a descoberto na construtora para 0,71% face aos 0,62% que detinha desde 25 de Novembro. Contudo, há mais três entidades a apostarem na desvalorização dos títulos da Mota-Engil: Square Circle IA LP (0,61%), a Muddy Waters Capital Domino Master Fund LP (0,57%) e a Marshall Wace LLP (0,56%).
Galp Energia - 1,39% do capital (€182,4 mn)
A Galp tem 1,39% do seu capital com uma posição a descoberto repartido pela Elliott Investment Management, LP, com 0,8%, e a AQR Capital Management, LLC, com 0,59%.
Nos, SGPS - 1,19% do capital (€23,1 mn)
A Nos tem 1,19% do capital a descoberto, com posições detidas pelo Discerene Group LP (0,69%) e pela Davidson Kempner European Partners, LLP (0,5%).
BCP - 1,10% do capital (€139 mn)
O único banco cotado no índice PSI tem 1,10% do seu capital com uma posição curta nas duas entidades da BlackRock.
Altri - 0,6% do capital (€5,51 mn)
A WorldQuant, LLC. tem uma posição a descoberto de 0,6% do capital da Altri.

A estratégia de short-selling tem um elevado potencial de lucro mas também um risco muito elevado devido ao prejuízo potencialmente ilimitado.
Fonte: CMVM, Negócios