
O Euro é, actualmente, a segunda maior moeda global, correspondendo a 20% das reservas cambiais, em comparação com 58% do dólar, existindo hoje uma incerteza sobre se o dólar manterá o papel dominante no sistema financeiro e comercial internacional.
Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu acredita que a guerra comercial pode trazer uma oportunidade para a moeda única europeia face ao dólar. A Europa poderá avançar com acordos comerciais com outras geografias e mostrar-se como o parceiro mais credível. Aumentar a importância internacional do Euro permitiria também que os governos e as empresas da União Europeia tomassem empréstimos a um custo menor e ajudaria a impulsionar a procura interna, num momento em que a procura externa está a tornar-se menos segura e protegeria a Zona Euro das flutuações da taxa de câmbio.
Morgan Stanley prevê que a moeda norte-americana poderá depreciar mais 9% até meados do próximo ano, devido aos cortes das taxas de juro pela Fed, a desaceleração do crescimento económico e as políticas comerciais e fiscais do presidente Donald Trump.
As posições curtas em dólar atingiram máximos desde 2023.
O Banco Central Europeu reúne-se na Quinta-feira e, é quase certo, que sejam cortadas as taxas de juro directoras em 25 pontos base até 2,00%, no caso da taxa de depósito, à medida que a inflação diminui e as tarifas dos EUA lançam dúvidas na Zona Euro.
Contudo, existe um consenso crescente de que o Banco Central Europei fará uma pausa em Julho, com apenas mais um corte de juros previsto até o final do ano.
As projecções económicas do BCE estarão no centro das atenções do investidores. Os analistas esperam uma revisão em baixa das estimativas do PIB e inflação.
Fonte: Bloomberg, Reuters