
Desde o início de 2025 que as acções da Rheinmetall já mais do que dobraram de valor para cerca de 1.300 euros. Antes do início do conflito russo-ucraniano em Fevereiro de 2022, as acções negociavam nos 100 euros. Mais recentemente, a perspectiva da Alemanha investir milhões em armamentos deu ainda mais impulso às acções desta empresa.
Em 2024, o volume de negócios da empresa de armamento subiu 36% para 9,75 mil milhões de euros e os lucros operacionais da empresa dispararam 61% para 1,5 mil milhões de euros. Somente a divisão de veículos da Rheinmetall, que inclui o Leopard 2, registou um crescimento de 45% de vendas para 3,79 mil milhões de euros. O lucro operacional desta divisão alcançou 425 milhões de euros, representando um aumento de 31% face ao exercício anterior. Segundo o UBS, as acções da empresa de defesa ultrapassaram o limite necessário para uma entrada rápida ("fast entry") no Euro Stoxx 50, o principal índice da Zona Euro, com base no preço de fecho de 17 de Março de 2025. No entanto, a decisão final dependerá da revisão oficial com base nos preços de fecho no final de Maio e que será anunciada no dia 2 de Junho, com entrada em vigor a partir de 23 de Junho.
A Kering é apontada como a empresa mais provável de ser excluída do índice Euro Stoxx 50. As acções afundaram quase 10% desde o início de 2025 devido às vendas decepcionantes da Gucci, que é responsável por quase metade das vendas do grupo e representa dois terços dos lucros.
Acções da Rheinmetall poderão duplicar até o final da década?
Os analistas do Morgan Stanley acreditam que as acções da Rheinmetall poderão atingir 3.000 euros até 2030, caso as despesas com defesa atingirem 3% do Produto Interno Bruto da Alemanha. O fabricante alemão de armas poderá potencialmente receber pedidos acumulados entre 325 a 450 mil milhões de euros até o fim desta década. A Rheinmetall teve uma quota de 12% no mercado europeu de defesa em 2024 e a tendência ascendente deverá continuar, já que os veículos terrestres deverão permanecem em foco no futuro próximo.
Fonte: Bloomberg, Morgan Stanley