Síntese Trimestral - Invest Tendências Globais

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O terceiro trimestre de 2025 ficou marcado por uma performance positiva do Fundo Invest Tendências Globais, com uma rendibilidade de +2,4%. Este valor compara com um retorno de 7,2% para o MSCI WORLD EUR Total Return. Desde o início de actividade, em 1 de Julho de 2022, o Fundo obteve um retorno anualizado positivo de 13,4% vs 14,7% para o MSCI WORLD EUR Total Return, o que se traduz numa underperformance anualizada de 130 bp:

Picture1-Oct-23-2025-08-03-49-3145-AMNeste trimestre, a suportar o crescimento do Fundo estiveram empresas de diversos quadrantes, nomeadamente, pertencentes aos sectores de Tecnologia e Consumo Discricionário. Entre os sectores com pior performance destacam-se a Indústria e a Saúde, sendo que a exposição é relativamente reduzida em ambos os casos.

Importa ainda destacar o processo de investimento do Fundo, no sentido que o mesmo é a chave por detrás do seu desempenho. O Fundo tem uma perspectiva de longo prazo, assente numa rotação baixa da carteira, que deverá contar com níveis de concentração substanciais. Assim, o Fundo procura investir em empresas expostas a tendências estruturalmente atractivas a médio-longo prazo e que possuam:


  • Elevadas rendibilidades sobre os capitais investidos (ROIC), obtidas de forma recorrente
  • Vantagens competitivas altamente difíceis de replicar
  • Alocação de capital eficiente
  • Baixos níveis de endividamento
  • Possibilidade de crescimento acima da média do sector em que se inserem
  • Equipas de gestão com track record positivo
  • Boas classificações ESG

Estes princípios que regem o processo de investimento, traduzem-se numa carteira com 29 constituintes e que apresenta as seguintes métricas vs o MSCI WORLD:

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No trimestre que agora termina, o nível de rotação da carteira foi reduzido. Entre as principais alterações, o destaque recai sobre a venda da posição que o Fundo detinha na Novo Nordisk. A decisão resultou, em grande medida, do aumento da concorrência no segmento de fármacos para o tratamento da obesidade, onde empresas como a Eli Lilly têm vindo a apresentar resultados positivos em ensaios clínicos, intensificando a pressão competitiva sobre a Novo Nordisk. Face ao exposto, a visibilidade relativamente à manutenção da sua atual posição de liderança nesta área tornou-se menos evidente.

Por outro lado, foi constituída uma nova posição na Interactive Brokers, pelas razões expostas na página seguinte.

Principais Destaques na Carteira do Fundo

A Inditex destaca-se enquanto líder global no sector do retalho de moda, apoiada num modelo integrado que combina design, produção, distribuição e venda, tanto através de uma rede física de lojas como do canal online. O portefólio de marcas, que inclui nomes como a Zara, Massimo Dutti, Pull&Bear ou Stradivarius, assegura ainda uma presença global diversificada.

Um dos pontos diferenciadores da Inditex prende-se com a cadeia de abastecimento eficiente e flexível, que permite responder rapidamente às tendências de consumo e renovar coleções em ciclos curtos. Esta agilidade, associada à digitalização crescente das operações, sustenta níveis elevados de rentabilidade.

No primeiro semestre de 2025, a empresa apresentou um desempenho positivo, ainda que marcado pelo impacto negativo das flutuações cambiais. Em moeda constante, as vendas cresceram 5,1%, reflectindo um bom desempenho em várias regiões. O lucro líquido atingiu os 2,8 mil milhões de euros, representando uma subida face ao período homólogo, enquanto a margem bruta se manteve em níveis elevados (58,3%) e estável face a 2024.

Por outro lado, o EBIT cresceu 0,9%, confirmando a resiliência do modelo num contexto macroeconómico exigente. Apesar da redução no FCF (1,2 vs 1,9 mil milhões de euros no ano anterior) resultante do maior investimento em fundo de maneio, a posição financeira mantém-se robusta, com uma posição net cash superior a 4 mil milhões de euros e a ausência de dívida significativa.

Face ao exposto, mantemos uma visão constructiva sobre a Inditex. O perfil do negócio, que conjuga uma posição de liderança com a disciplina operacional, confere elevada visibilidade de resultados e capacidade de criação de valor a longo prazo. Em termos de avaliação, a empresa negocia com um P/E Forward em torno das 23x, ligeiramente inferior à média histórica.

A Interactive Brokers é uma corretora online global que serve investidores sofisticados, traders e instituições em mais de 160 mercados. A empresa destaca-se através da sua plataforma de corretagem, que abrange diversas classes de activos, apresentando, simultaneamente, comissões reduzidas, spreads competitivos e um elevado nível de eficiência operacional.

No segundo trimestre de 2025, os resultados divulgados confirmam uma trajectória de crescimento consistente. A receita líquida atingiu 1,5 mil milhões de dólares, com as comissões a registarem uma subida de cerca de 27% em termos homólogos. Já o rendimento de juros líquidos apresentou uma evolução positiva, ainda que mais moderada, penalizada pela trajectória descendente das taxas de juro, que tem vindo a comprimir a margem, apesar do aumento do saldo de crédito dos clientes.

Não menos relevante, a base de clientes da corretora continua a expandir-se de forma significativa. O número total de contas subiu 32% (YoY), para cerca de 3,9 milhões, enquanto o valor global dos activos dos clientes (Customer Equity) avançou 34%, alcançando aproximadamente 665 mil milhões de dólares. As transacções geradoras de receitas, medidas pela métrica DARTs (Daily Average Revenue Trades), registaram um crescimento próximo de 50% face ao ano anterior. A empresa mantém ainda um sólido desempenho operacional, destacando-se pela gestão eficiente de custos, consequência do elevado nível de automação.

Face a este desempenho, mantemos uma visão favorável sobre a Interactive Brokers. O forte crescimento das comissões, a contínua expansão da base de clientes e a diversificação das fontes de receita reforçam a nossa avaliação positiva. Importa ainda sublinhar a elevada escalabilidade do modelo, que em conjunto com a diversificação entre comissões e juros, confere visibilidade acrescida sobre o desempenho futuro da corretora. Dada a diferenciação do modelo, acreditamos que a crescente intensidade concorrencial no segmento das corretoras online poderá não constituir uma ameaça de relevo. Assim, em virtude dos factores acima expostos, consideramos justificada a abertura de uma pequena posição na empresa.

Os maiores contribuidores e detractores para a performance do Fundo durante o último trimestre:

Principais Detractores:

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Principais Contribuidores:

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No que diz respeito aos principais contributos para o desempenho do Fundo no último trimestre, destacamos a evolução positiva das acções da Alphabet, LVMH, TSMC, ASML e Microsoft.

Relativamente à Alphabet, a valorização registada reflectiu sobretudo a divulgação de resultados acima das expectativas, apoiados por uma dinâmica favorável na área da publicidade digital e pelo contínuo crescimento do segmento de cloud. No caso da LVMH, o bom desempenho foi justificado pela resiliência das vendas nalguns segmentos e as fracas expectativas dos analistas, num contexto em que o mercado demonstrava receio de uma maior desaceleração da procura, o que acabou por não se confirmar de forma tão acentuada.

A TSMC beneficiou da crescente procura por semicondutores de nova geração, impulsionada pela transição associada à inteligência artificial e à maior sofisticação dos dispositivos electrónicos. A ASML, por sua vez, continuou a ser bem acolhida pelos investidores, sustentada pela sua posição de liderança no fabrico de equipamentos de litografia de ponta, essenciais para a produção de chips avançados. Quanto à Microsoft, apesar da evolução positiva do título, não consideramos possível retirar grandes conclusões, na medida em que a variação da cotação no trimestre não foi particularmente expressiva.

Em contrapartida, no último trimestre, as acções da Salesforce, Texas Roadhouse, Vidrala, Neurones e Costco tiveram um impacto negativo no desempenho do Fundo.

No caso da Salesforce, a desvalorização reflecte uma revisão em baixa das perspectivas de crescimento apresentadas pela própria empresa, o que gerou receios quanto à sua capacidade de manter o ritmo de expansão verificado nos últimos anos. Já a Texas Roadhouse foi penalizada por pressões sobre as margens operacionais, num contexto de aumento de custos laborais e de matérias-primas, factores que têm afectado a restauração organizada nos Estados Unidos.

A Vidrala apresentou igualmente uma evolução negativa em bolsa, consequência da normalização do consumo de recipientes de vidro observada desde o período pós-pandemia, bem como a conjuntura desafiante nalgumas regiões onde opera. Relativamente à Costco, apesar do desempenho negativo das acções no trimestre, neste caso não é possível retirar grandes conclusões, dado que as oscilações no preço da acção foram pouco significativas, não havendo factores estruturais novos a destacar.

Por fim, a Neurones registou um crescimento das vendas de 5% bem acima da média do sector que deverá ter crescimento negativo no presente ano. No entanto os resultados foram penalizados pelo aumento dos impostos sobre o trabalho em França, assim como pelas taxas menores de utilização dos consultores nos segmentos de consultoria e aplicações o que levou a uma deteoração dos resultados. Segundo a gestão o primeiro semestre deverá ter marcado o bottom na redução de margem, sendo esperada uma recuperação moderada no segundo semestre.

 

Política de Investimento

O objectivo do Fundo enquanto fundo de poupança-reforma, é incentivar a poupança de longo prazo, como complemento de reforma, através de uma carteira diversificada de acções emitidas por empresas sedeadas nas diversas zonas geográficas, com capitalização bolsista e liquidez elevadas, selecionadas de forma activa e discricionária. O tipo de gestão efectuada pela entidade responsável pela gestão será activa. Atendendo ao regime legal específico deste tipo de fundos, o Fundo destina-se a investidores não profissionais que assumam uma perspectiva de valorização das suas poupanças a longo prazo. O património do Fundo será investido, no mínimo, 85% em acções, obrigações convertíveis, ou que confiram direito à subscrição de acções, ou outros instrumentos que permitam uma exposição aos mercados accionistas, designadamente participações em instituições de investimento colectivo cuja política de investimento seja maioritariamente por acções.
 
O Fundo não privilegiará, em termos de investimentos, geografias ou sectores económicos específicos. O Fundo não pode investir mais de 30% do seu valor líquido global em entidades de participação de outros fundos de investimento. Em condições normais, o Fundo não efectuará cobertura de risco cambial, salvo se a gestão o considerar como adequado face às expectativas de que as moedas estrangeiras se possam depreciar de forma relevante.
 
O Fundo poderá recorrer a instrumentos financeiros derivados nomeadamente futuros e opções, com os seguintes objectivos: 1) cobertura de riscos de variação do preço dos activos em carteira ou de variabilidade dos rendimentos; 2) obtenção de exposição adicional aos diferentes mercados em que investe.
 
 

Informação Relevante

Entidade Gestora: Invest - Gestão de Activos
 
Banco Depositário: Banco Invest
 
Entidade Colocadora: Banco Invest
 
Início de Actividade: 1 de Julho de 2022
 
ISIN: PTARMJHM0003
 
Política de Rendimentos: Não distribui rendimentos
 
Comissão de Gestão + Depositário: 1,50% p.a.
 
Comissão de Resgate:  0%
 
Esta é uma comunicação promocional. Consulte o prospeto do Fundo e as informações fundamentais destinadas aos investidores, disponíveis na língua portuguesa em www.bancoinvest.pt, para consulta em suporte duradouro, ou nos balcões do Banco Invest S.A., para consulta em papel, antes de tomar quaisquer decisões de investimento finais.
 
A composição e os pesos dos activos em carteira pode variar ao longo do tempo, em função das perspectivas do gestor. Taxas de rendibilidade e risco calculadas com base na cotação do Fundo a 30-Setembro-25. Taxas de rendibilidade líquidas de comissão de gestão e depositário e não líquidas de comissões de subscrição e resgate. O desempenho anterior não garante resultados futuros.
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