Confrontados com o vasto número de alternativas de investimento disponíveis, muitos investidores enfrentam o desafio de construir uma carteira equilibrada e alinhada com o seu perfil de risco. Neste contexto, os fundos multiactivos surgem como uma solução estratégica, para uma posição core nas carteiras, abrindo portas à diversificação e possibilidade de adaptação a diferentes perfis de risco. Ao distribuir o capital entre várias classes de activos, como acções, obrigações ou commodities, estes fundos adoptam uma gestão flexível focada na maximização dos retornos ajustados ao risco, de acordo com as condições de mercado. Desse modo, oferecem opções tanto para investidores conservadores quanto para perfis mais dinâmicos.
Face ao exposto, uma das principais razões para investir nesta tipologia de fundos surge ligada ao poder da diversificação. A título de exemplo, em momentos de desempenho menos favorável do mercado accionista, a exposição a obrigações ou metais preciosos pode mitigar perdas, resultando em maior estabilidade e previsibilidade nos retornos. Essa abordagem reduz riscos específicos e aumenta a resiliência da carteira, permitindo um crescimento mais sustentável ao longo do tempo.
Por outro lado, os fundos multiactivos, também conhecidos por fundos de alocação de activos, podem também constituir uma escolha ideal para quem pretende investir de forma diversificada sem ter que enfrentar a difícil tarefa de gerir de forma activa um portefólio complexo. Tratando-se de fundos geridos por profissionais altamente qualificados, o processo de investimento dos mesmos tem por base análises detalhadas do mercado, projecções económicas e avaliação de riscos, com o intuito de optimizar o processo de alocação de activos, adaptando a carteira às dinâmicas de mercado. Além do referido, certos activos, como é o caso da dívida privada, exigem elevados montantes mínimos para investimento, tornando-se inacessíveis para muitos investidores individuais. Os fundos multiactivos oferecem acesso a essas oportunidades sem a necessidade de investir montantes elevados.
Outro ponto-chave dos fundos de alocação prende-se com a flexibilidade que oferecem. Dependendo das condições de mercado, os gestores podem reequilibrar a carteira, aproveitando novas oportunidades ou mitigando riscos em momentos de volatilidade. Esta capacidade de adaptação é essencial para atravessar diferentes ciclos económicos, mantendo um crescimento sólido e consistente do património investido. Não menos relevante é a existência de sub-fundos com diferentes perfis de risco, tornando-os acessíveis a um amplo espectro de investidores.
Consequentemente, para quem procura uma solução de investimento robusta, com potencial de crescimento sustentado e uma abordagem equilibrada ao risco, estes fundos podem assumir um papel estratégico na carteira. Não só permitem aceder a várias oportunidades de mercado num único produto, como também beneficiam de uma gestão profissional e de diversificação eficiente. Com o intuito de expor os benefícios da alocação eficiente entre classes de activos distintas, apresenta-se de seguida um gráfico comparativo que reflecte o desempenho de carteiras multiactivos com diferentes rácios de alocação acções/obrigações (30/70, 50/50 e 70/30):
Comparação entre índices que reflectem o desempenho de carteiras multiactivos, com rácios de alocação acções/obrigações de 30/70, 50/50 e 70/30
Investir com segurança e inteligência passa por escolher estratégias alinhadas com o perfil de risco e objectivos financeiros de cada investidor. Nesse sentido, para quem procura um veículo de investimento versátil, bem estruturado e capaz de equilibrar risco e retorno de forma eficiente, os fundos de alocação podem constituir uma opção a considerar, podendo desempenhar um papel estratégico nas carteiras de investimento.