A Tesla aprovou uma concessão provisória de 96 milhões de acções restritas ao CEO Elon Musk, na sequência de uma recomendação de um Comité especial de directores. Estas acções são avaliadas em 30 mil milhões de dólares, depois do salário de 2018 ter sido anulado no ano passado por um tribunal de Delaware.
O objectivo da empresa é que o CEO da Tesla mantenha o seu foco na construtora de automóveis eléctricos, num momento em que se quer posicionar como uma empresa focada em Inteligência Artificial e robótica, apostando mais nos robotáxis e nos humanoídes, em vez dos automóveis eléctricos.
As acções da Tesla valorizaram 2.000% na última década, superando largamente a rendibilidade de 200% do índice S&P 500. Este ano, as acções perderam um quarto do seu valor.
A Tesla já viu melhores dias na Europa, após as vendas da marca de automóveis eléctricos continuarem a afundar no mês de Julho, mesmo com o Model Y remodelado. Os principais motivos são uma gama de modelos relativamente envelhecida, não existe um automóvel mais acessível e a concorrência é cada vez maior e a preços mais apelativos, em especial vinda da China.
Nos primeiros seis meses do ano, houve uma descida de um terço nas vendas europeias da Tesla, por comparação com o ano passado.
Segundo a agência Reuters, foram registados 34.781 novos veículos da Tesla em Julho, contra os 45.087 do mesmo mês de 2024. Isto traduziu-se num quota de mercado entre os veículos eléctricos de 14,5% vs 21,6% no ano passado.
A maior quebra foi na Suécia de 86%, seguido pelos Países Baixos (62%), Bélgica (58%) e Dinamarca (52%). Por outro lado, em Espanha verificou-se um aumento foi de 27%. Até em Portugal as vendas desceram 49%.
Fonte: Reuters
