
Regresso do Sector do Luxo?
As vendas da LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton voltaram a crescer no terceiro trimestre, à medida que os consumidores adquiriram malas Louis Vuitton e esbanjaram-se em champanhe Moët & Chandon e perfumes Dior, sugerindo que uma queda na procura de luxo está diminuindo.
As vendas do maior grupo de luxo do mundo, liderado pelo bilionário Bernard Arnault, sofreram uma retracção prolongada, particularmente na China mas as vendas orgânicas registaram um aumento trimestral de 1%, um regresso ao crescimento após dois trimestres de declínio, surpreendendo até os analistas que anteviam uma flexão no 3.º trimestre.
👜Receitas: €18,28 mil mn vs €18,17 mil mn estimados
As receitas de todas as divisões da empresa superaram as estimativas dos analistas, incluindo a unidade de moda e artigos de couro (Louis Vuitton e Dior), que caiu 2%, menos do que a queda de 3,5% esperado.
Até mesmo a divisão de vinhos e destilados, que passou por dois anos e meio de queda nas vendas, registou um crescimento, ajudada por um reabastecimento de champanhe nos EUA e pelas vendas de vinho rosé.
As vendas da LVMH na Ásia (excluindo o Japão), aumentaram 2% no terceiro trimestre, depois de terem caído 9% no primeiro semestre. As vendas nos Estados Unidos subiram 3% mas na Europa e no Japão desceram 2% e 13%, respectivamente.
A Ásia (excluindo o Japão) continua a ser a região com mais receitas da LVMH em 2025 (27%), seguido pelos Estados Unidos com 25% e depois a Europa com 14%.
As acções da LVMH registaram uma queda de 4,44% desde o início do ano.
O sector de luxo tem recuperado bem, após a queda no 2.º trimestre, após os investidores terem iniciado o ano em terreno sobrecomprado (>80).
A LVMH está optimista para o resto do ano, destacando a resiliência e o dinamismo das suas marcas.
Em relação ao sector, o quarto trimestre deverá ser impulsionado pelo Natal e eventos sazonais com os investidores posicionados para uma recuperação do luxo.
Fonte: Bloomberg, LVMH