Os juros das dívidas globais agravaram para máximos de 16 anos, numa altura em que os investidores voltam a pôr em cima da mesa uma possível subida das taxas de juro.
Estas são as expectativas para alguns bancos centrais mais hawkish:
✅ Japão: Subida de 25 pontos base no dia 19 de Dezembro;
✅ Zona Euro: Aumento das taxas de juro no final do próximo ano;
✅ Austrália: Duas subidas de 25 pontos base no próximo ano;
✅ Canadá: Um aumento já no início de 2026.
Hoje o centro das atenções será na reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana, em que se espera um corte de 25 pontos base nos juros para o intervalo 3,50-3,75%, com os investidores a anteciparem pelo menos mais duas descidas ao longo de 2026.
O Banco de Inglaterra também deve cortar as taxas em 0,25 pontos percentuais no dia 18 de Dezembro.
Contudo, mesmo com o corte previsto pela Fed, as yields das obrigações do Tesouro a 10 anos estão mais elevadas do que quando o banco central começou a descer as taxas de juro há 15 meses.
O indicador preferido da Fed para os preços subiu para 2,8% em Setembro, quase um ponto percentual inteiro acima da meta do banco central. Para além disso, as preocupações em torno da independência do próximo presidente da Fed estão a incentivar alguns investidores a incorporar um prémio de risco na curva das obrigações do Tesouro, para além do elevado défice orçamental dos Estados Unidos.
Esta divergência crescente entre o rumo da política monetária norte-americana e o de outras grandes economias pode acentuar a depreciação do dólar, que já recuou mais de 8% este ano face a um cabaz de moedas internacionais.
Taxas mais baixas tendem a reduzir a atractividade da moeda junto dos investidores e a aliviar os encargos da dívida pública.
Fonte: Bloomberg